ele começou a chorar

Ele começou a chorar, eu olhei fundo. Ri, e disse, gritei: Chora! Chora, porco!!! O porco chorava. O três oitão atochado naquela têmpora que se mostrou tão frágil. E ele me olhava de banda. Chora filho da puta!!! O bosta ainda veio me pedir perdão, mas não completou, por minha sorte calçara meus sapatos com biqueiras de ferro que arrebentaram seus dentes da frente; acho que fodeu sua língua também. Aí os esfíncteres desabrocharam, e não deu mais, tive que apertar o gatilho, duas vezes, uma homenagem a cada esfíncter, não era minha obrigação continuar sentindo aquele cheiro. Mas ainda havia vida na casa, eu ouvia, corri nos canarinhos; um dos desgraçados ainda tentou bicar o meu dedo, com um alicate de unha cortei uma a uma as perninhas dos três, e fui soltando na frente do gato; o gato só morreu depois de muita vassourada. O peixe não, o peixe morreu rápido, numa chaleira em fogo brando, era um Betta. E eu já ia saindo, mas num último detalhe, travei o spray de inseticida no corredor que dava para todos o cômodos, era para ter certeza de que nada, absolutamente nada, deixaria pra trás naquele barracão.

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