Ela estava na cama, ouvindo Nirvana, pra quem conhece por nome: Milk it. Lá, esperando o namoradinho telefonar, sempre à mesma hora.
Ele não foi nada gentil ao abrir a porta, nada parecido com quando assentava os azulejos da reforma do banheiro.
Escondeu a calcinha desenhada por desenhos nas cobertas. Não entendeu, não disse nada, ficou olhando... Mãos duras em cada ombrinho, mas desta vez gentil, como um pai, e ela se deixou virar. Bundinha pra cima. Ela sentiu calada.
O namoradinho, o telefone tocou, à mesma hora; não atendeu. Não atendeu mais, dia após dia, não tinha graça. A mãe chegava do trabalho e não podia compreender como era possível uma empreitada já paga durar assim, tanto tempo.
Ele não foi nada gentil ao abrir a porta, nada parecido com quando assentava os azulejos da reforma do banheiro.
Escondeu a calcinha desenhada por desenhos nas cobertas. Não entendeu, não disse nada, ficou olhando... Mãos duras em cada ombrinho, mas desta vez gentil, como um pai, e ela se deixou virar. Bundinha pra cima. Ela sentiu calada.
O namoradinho, o telefone tocou, à mesma hora; não atendeu. Não atendeu mais, dia após dia, não tinha graça. A mãe chegava do trabalho e não podia compreender como era possível uma empreitada já paga durar assim, tanto tempo.
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