menino feio

Menino feio que fui, nunca aprendi a dançar, tanta feiúra não dava alento ao movimento como forma de expressão; menino tão feio também não tinha par. Menino feio que fui, tentava de tudo com meus cabelos, e tudo que conseguia era risos até da professora; o que dava era para encrespá-los para um lado. Menino feio, mas tentava melhorar com perfumes e desodorantes; o que já imaginam só piorava a situação. Menino feio que fui tentava muito me superar com as notas do colégio, mas meio burro também, não serviu como alternativa; era a média e pronto. Poxa vida, menino feio com uns duzentos apelidos. Menino feio e burro que fui, virei literato cabotino; e estudo calmamente o dia em que me tornarei o assassino de Francisco Buarque de Holanda.

3 comentários:

Ston disse...

Eu também já quis matá-lo.

colina coralina disse...

eu já tinha comentado esse.
nem ideia de quem seja esse menino... pq você, sem chance!

Unknown disse...

Nada se parece mais com uma virtude do que um grande crime.